Azardinas: agosto 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Azardinha I

Qual é a diferença entre um quadro e o famoso J.C., mais vulgarmente conhecido por Jesus Cristo?

Resposta: O quadro só precisa de um prego...

Saudações azardinentas!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Azardineiras III

Caro anónimo que nos chamou velhas de sacristia:

Ao rever as fotos das minhas férias, lembrei-me de si e resolvi publicar aqui outro exemplo de como o nosso povo está muito à frente no acordo ortográfico.

E cuidado com o que dizes porque eu sei onde moras, perceves?

Update: o nosso querido comentador mostrou-me que, afinal, os percebes e os perceves funcionam como as febras e as fêveras. Só me resta resignar-me à grande eloquência de Gudvaldo Anildo. Não obstante, mantenho a foto, nem que seja para dar os parabéns à fotógrafa.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Azardineiras II

E porque o meu sentido de humor ainda não regressou de férias (vê-se logo que não trabalha a recibos verdes), limito-me a colocar uma imagem só para não parecer mal por estar há tanto tempo sem um rasgo de inspiração. O que me vale é que o povo português nunca me deixa ficar mal e me dá estas pérolas que tanto me enchem de orgulho. A partir do momento em que me deparei com este sinal de alerta, comecei a ter muito cuidado ao deitar o lixo fora (sim, porque eu não conheço o senhor Entuhlo). Nunca se sabe os perigos que nos espreitam no campo ou mesmo dentro dum contentor do lixo. Já agora ... o contentor do lixo é para a direita...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Notícia do dia

Hoje o Expresso online noticia: Valentim Loureiro ameaça apoiar José Sócrates. Humm! Estou mesmo a imaginar o Capitão a apontar o dedo ao Sócrates e a gritar:

Olha que eu apoio-te nas próximas eleições... Ouviste? Estou a avisar-te. Aliás, eu se fosse a ti, tomava isto como uma ameaça... Porque eu sou mesmo menino para fazê-lo! Apoio-te nas próximas eleições quer tu queiras quer não. Nada mo impedirá. Ouviste bem? Ouve aquilo que eu te digo...

Saudações azardinentas!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Fut Vaca

No mês de Agosto, o mês do emigrante, são muitas as festas celebradas em honra de santos...
Donc, estava eu hoje a observar o programa de uma dessas festas e deparo-me com uma garraiada, seguida de qualquer coisa à qual dão o nome de Fut Vaca... Pensei: Fut Vaca... Futebol... Voilá! Pela lógica, em vez de se darem chutos numa bola, dar-se-ão pontapés numa vaca... C' est horrible, ça! Pobre da vaca e pobres dos pés. Mas rapidamente desfizeram esta minha angústia e me explicaram que o tal Fut Vaca consiste na divisão de um campo de futebol em quadrados, postos à venda. Depois disso, é só soltar a vaquinha no campo de futebol, devidamente alimentada, acrescento eu, e esperar que liberte a sua bosta num dos quadrados... Eheheh! Há com cada coisa!!!

Dado o teor dos dois últimos artigos, é caso para dizer: QUE BLOGUE DE MERDA!!!

Saudações azardinentas!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Instrução Pré-primária

Em terras de Miranda, acaloradamente sentada numa esplanada no Lhargo D. Joan III, fui bombardeada pela conversa dos vizinhos. Confesso que tentei deixar de ouvir e concentrar-me no palavreado dos meus companheiros, mas há conversas que nos despertam os mais recônditos sentidos.
Ora bem! Facilmente deu para perceber que se tratava de recém-papás, uma vez que nada mais conversaram senão dos filhos. E pelo tema da conversa imaginei que tivessem passado os últimos meses a falar dos filhos. Hão-de ter falado tanto que às tantas defrontaram-se com a triste realidade de começar a faltar assunto. Daí sentirem-se obrigados a falar do cocó dos filhotes. Interessante!!! Fiquei então a saber que os bebés cagam um creme verde... Devem ser todos os bebés, porque uma das mães foi a uma festa e encontrou lá um bebé que cagava igualzinho ao filho dela. Entretanto, a descrição do cocó, digna de um Eça de tão realista que foi, deixou-me tão mal disposta que tive de me levantar. Mas ficou a dúvida: será que até o cheiro era igual?

De qualquer forma, tenho a dizer: Incrível!!! Estou muito mais instruída!

Saudações azardinentas!

Ariadne

Ariadne era filha de Minos, rei de Creta, e de Pasífae, filha do Sol. Apaixonou-se pelo herói Teseu quando este se dirigiu a Creta para matar o Minotauro, que se encontrava fechado no labirinto, ardilosamente construído por Dédalo. O Minotauro tinha corpo de homem e cabeça de touro e foi fruto de uma relação contranatura entre Pasífae, mulher de Minos, e um touro enviado por Posídon ao rei. Este, aterrorizado e envergonhado, ordenou a construção do labirinto, composto por salas e corredores que ninguém, a não ser Dédalo, conseguisse encontrar o caminho para dele sair. Todos os anos, Minos dava-lhe a devorar sete jovens e sete donzelas, tributo que impusera à cidade de Atenas. Teseu ofereceu-se voluntariamente para fazer parte do grupo de jovens, e graças à ajuda de Ariadne, conseguiu não só matar o animal, mas também encontrar o caminho que o libertava do labirinto. Para isso, Ariadne deu-lhe um novelo de fio, que ele desenrolou e lhe indicou o caminho do regresso.
Ariadne, apaixonada por Teseu e para escapar à cólera de Minos, fugiu com Teseu para Atenas. Mas antes de chegarem ao destino atracaram à ilha de Naxos, onde, adormecida junto ao mar, foi abandonada por Teseu. Muitas são as explicações dadas para esta traição. Ou porque Teseu estava apaixonado por outra mulher, ou terá sido por ordem divina. O certo é que ao acordar, Ariadne avistou ainda ao longe as velas da embarcação, mas eis que aparece Dioniso, que fascinado pela sua beleza a desposa e a leva consigo para o Olimpo, a morada dos deuses. Como presente de núpcias deu-lhe um diadema de ouro, obra de Hefesto, que mais tarde se tornou numa constelação...

Medusa

Medusa era uma das três Górgonas, filhas de duas divindades marítimas, Fórcis e Ceto. Ao contrário das suas irmãs, Esteno e Euríale, imortais, Medusa era mortal. Contudo, moravam as três no Extremo Ocidente, não longe do reino dos mortos.
O nome de Górgona é geralmente dado a Medusa, considerada como a Górgona por excelência. A sua cabeça estava rodeada de serpentes, tinha grandes presas, semelhantes às dos javalis, mãos de bronze e asas de ouro, o que a permitia voar. Os seus olhos eram cintilantes e o seu olhar tão penetrante que quem quer que o visse era transformado em pedra. A sua imagem causava imenso horror e medo não só aos mortais, mas também aos imortais.
A lenda de Medusa sofreu uma evolução desde as suas origens até à época helenística. Primitivamente, a Górgona era um monstro. Mas, em seguida, é considerada como a vítima de uma metamorfose causada por Atena. Depois de Medusa ter ousado rivalizar em beleza com ela, Atena, sabendo do orgulho que Medusa tinha da sua cabeleira, puniu-a e transformou os seus cabelos em serpentes.
De qualquer forma, Medusa foi morta por Perseu, aconselhado por Atena. Depois de muitas aventuras, Perseu acabou por encontrar o antro dos monstros e, elevando-se nos ares graças às sandálias aladas, presente de Hermes, consegue cortar a cabeça de Medusa. Para evitar olhá-la, serviu-se do seu escudo polido como espelho e, assim, não receou o olhar terrível do monstro. Para maior segurança, matou a Górgona durante o sono. Posídon ter-se-ia unido a ela e tê-la-ia engravidado, e nessa altura, saem do pescoço cortado, Pégaso, o cavalo alado, e Crisaor.
Atena utilizou a cabeça da Medusa, colocando-a no seu escudo ou no centro da égide, de forma a que os inimigos fossem transformados em pedra assim que a olhavam. Perseu recolheu o sangue que escorreu da ferida, sangue que tinha propriedades mágicas: o que saíra da veia esquerda era um veneno mortal, enquanto que o que correra da veia direita era um remédio capaz de ressuscitar os mortais. Acrescente-se que uma madeixa dos seus cabelos era suficiente para pôr em fuga todo um exército.

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