Em terras de Miranda, acaloradamente sentada numa esplanada no Lhargo D. Joan III, fui bombardeada pela conversa dos vizinhos. Confesso que tentei deixar de ouvir e concentrar-me no palavreado dos meus companheiros, mas há conversas que nos despertam os mais recônditos sentidos.
Ora bem! Facilmente deu para perceber que se tratava de recém-papás, uma vez que nada mais conversaram senão dos filhos. E pelo tema da conversa imaginei que tivessem passado os últimos meses a falar dos filhos. Hão-de ter falado tanto que às tantas defrontaram-se com a triste realidade de começar a faltar assunto. Daí sentirem-se obrigados a falar do cocó dos filhotes. Interessante!!! Fiquei então a saber que os bebés cagam um creme verde... Devem ser todos os bebés, porque uma das mães foi a uma festa e encontrou lá um bebé que cagava igualzinho ao filho dela. Entretanto, a descrição do cocó, digna de um Eça de tão realista que foi, deixou-me tão mal disposta que tive de me levantar. Mas ficou a dúvida: será que até o cheiro era igual?
De qualquer forma, tenho a dizer: Incrível!!! Estou muito mais instruída!
Saudações azardinentas!
Um comentário:
Enquanto uns falavam de merda na esplanada, outros faziam merda acrobaticamente nos sanitários do café. A merda e seus derivados são senhores de uma versatilidade oral e escrita extraordinária. For falar nisso, estou cheio de cólicas, vou cagamerdar.
Vão à Mêda, suas azardineiras.
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